terça-feira, 6 de maio de 2014

Pré 400. - Já tiveram aquela sensação~

  ~ de que tem mais pessoas no mundo que pensam como você do que você imaginava?

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  Animê: "No Game No Life"


  Em um tempo limitado mas desconhecido, com parâmetros completamente aleatórios, sem objetivos definidos, nenhuma regra absoluta, 10 bilhões de jogadores online agindo como bem entendem e sem save/load ou continue, tentar alcançar um "The End" satisfatório.

  Poderia julga-lo como um jogo mal feito, perda de tempo e muito difícil para ser real. Too bad, este é o mais real dos jogos.

  Mas e se fosse possível que a realidade fosse inteiramente baseada em competência? O mais inteligente sempre venceria, em vez de perder por um RNG (random-number-generator, ou "probabilidade") que o fez nascer como escravo; na realidade, os que merecem ganhar ganhariam. Simples assim.

  Eu passei mais tempo estudando, eu deveria ter tirado nota melhor que aquele babaca que colou.
  Eu trabalhei mais duro que aquela vaca que ficou no celular no banheiro metade do dia, eu deveria receber mais que ela.
  Eu fiz tudo o que podia por ela, e ela escolheu ficar com o cara que ela acabou de conhecer.

  Injusto, e você ouvirá "A vida é injusta mesmo, paciência, bola pra frente".
  Mas... e se não fosse injusto?

  É [quase] essa realidade que é colocada no anime No Game No Life. Estranhamente, o animê é de autoria de um brasileiro. E enquanto eu abordei só um dos aspectos do animê, e logo no primeiro episódio  tenha 25% do tempo ocupado por calcinhas (e 40% no segundo episódio), mais estranhamente ainda ele começa a ficar bastante interessante a partir do 3º episódio, em que de repente a criação do mundo, seus deuses, anos de guerra e dominação mundial entram na trama.
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  Mas como isso não é um review, ficamos por aqui no desenrolar. O principal pra mim é o fato de ter mais pessoas interessadas em uma utopia, ou em uma vida perfeita. Quero dizer, a um tempo atrás no blog, eu coloquei algo como "simplesmente viver o dia-a-dia livremente", e realmente tirar 1-2 anos pra fazer isso mudou completamente minha visão da realidade. Fazer um meio-período só pra pagar minhas contas, passear só pelo sentimento de poder ser livre para ir, vir e estar em lugares em que eu quero estar.
  Contudo, fazendo isso e conhecendo pessoas dos mais diversos tipos trabalhando-estudando-frequentando lugares diferentes, transformou lentamente meu "carpe diem" em "you sure?". Por mais tranquilo que seja o meu presente, o RNG é impiedoso. E se eu não estiver tomando certas precauções para encara-lo, 1 segundo é o necessário para transformar um "One day, I'll fly away~" em "Why do they always send the poor!?!?"~
  Afinal, a vida não é justa. E, talvez, se fosse, eu estivesse bem pior que estou agora. No mundo em que o inteligente vence, Hittler não teria perdido por estar em menor número, aí né... Vai saber.

  Agora eu teria um bigodão, estaria escrevendo sobre o Hittler XV cantando o hino alemão.

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  Game"FTL - Faster Than Light"


  E ao mesmo tempo que ter save/load/continue tornam o jogo mais fácil, também torna-o mais marginal.

  Ragnarok foi uma das melhores experiências que eu tive na minha ainda (mas não tanto) curta vida. E não só Rag, como Tibia, Runescape, Adventure Quest, GunBound, Maple Story, Survival Project, Grand Chase, Puzzle Pirates...okchega, o que eu quero dizer é que MMOs foram grande parte do meu dia-a-dia.
  Poderia citar as amizades, a diversão, o excitamento de começar novos jogos, conhecer novos mundos, novas pessoas, novas aventuras~ Mas meu ponto aqui é outro.

  A algumas semanas atrás saiu um patch de um jogo que eu, apesar de adorar Indies, desconhecia completamente. O gênero era "Rogue-Like Space RPG" e chamado "Faster Than Light". Eu achei que fosse uma piada, afinal, indies espaciais são sempre de estratégia.
  Mal sabia que esse seria um dos melhores 'RPG's que já joguei, e que me faria lembrar o significado dessas 3 letras.

  Jogando qualquer RPG como Dragon Quest/Final Fantasy ou os atuais Fable/FusRoDah, sempre aparecem aquelas bifurcações em que nós temos que adivinhar qual é leva pra saída e qual leva pro baú, ou qual das alternativas na conversa nos dá uns pontinhos extras ou uma quest com uma ótima recompensa.
  Jogando horas, chega na conversa, save, escolhe opção, opção errada, blz, load, vambora quero meu Draconic Helm +15.
    
  Então em um dia chuvoso baixei esse Faster Than Light pensando "Vai ser como Creeper World, me divirto 2-3 horas, fecho em mais 2-3 horas e GG passei a chuva".

  E deu 10 horas... 16 horas... 4º dia... 1 semana...

  Por quê?? Como eu entrei tanto no jogo se toda vez que eu morro eu mudo a nave e os personagens? Não é nem como Fable que você acompanha um só por toda a estória, cada tentativa de chegar no último mundo demora +-3 horas, aí toda a tripulação se perde no espaço. COMO eu preciso jogar isso again?

  O fato é que *nessas 3 horas não tem save*. Quero dizer, você pode salvar se sair do jogo, mas você não pode voltar atrás em nada que fez. E ISSO É MUUUUITO LOoOCO.
  A sensação de "Tou a 2 horas nesse lixo, e se eu errar agora eu vou ter que recomeçar tudo, pegando talvez RNGs piores ainda que os desse jogo... Meldels é melhor eu tomar cuidado agora.."
  O que na verdade não ajuda em nada. Os eventos são todos aleatórios, com resultados aleatórios. Você pode ajudar o fugitivo espacial e descobrir que ele é um espião, ou entregar o fugitivo na cara e ele se revoltar matando tripulantes importantes da sua nave. Ou seja, mesmo que você passe 2-3-4 horas jogando, um RNG é o que separa 4 horas de esforço em fracasso e sucesso.
  Nessa hora, só o que importa é "o que eu posso fazer sem me arrepender?". Aí que entra o Role-Play. Uma vez que você põe na cabeça "Nessa viagem, eu sou um cara legal, e vou ajudar todos que eu puder ajudar" as perdas parecem menos traumáticas. E no decorrer da viagem, notar como o pensamento começa a mudar por causa de um sabotador fdp disfarçado de aliado prisioneiro também dá a sensação de estar vivendo o jogo, e não jogando-o.

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  A excitação do desbravar o completamente aleatório e desconhecido mundo sem a chance de voltar atrás; algo que eu desejava a tempos por ser realmente uma aventura, um RPG, em que eu passo raiva não pela incapacidade de matar um monstro mais forte mas pelas sacanagens do RNG, da mesma forma que meu coração pula ao encontrar uma arma Ultimate em meio a escombros ou ganhar mais um membro na tripulação vindo de uma tribo que eu salvei, e não um jogo em que batemos nos bixos para aumentar status até conseguir bater em bixos mais fortes.

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  Música: "Getting on - SpecialThanks!"
  
  

  E esse eu posso deixar pela música. Diferentes do animê e do jogo que tomariam horas do seu tempo, essa música toma só 2 minutos, e todas as frases cantadas na música sobrevoam meu pensamento a anos~

  Hm, meio ruinzin o ingreis né? Bom, quem já viu os outros vídeos do SpecialThanks que coloquei no blog já deve estar familiarizado. Caso contrário, ao menos eles animaram a letra no vídeo dessa vez~ (Ufa~.)

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  GG. Wtf, que post gigante. E meio sem sentido. Mas tive a sensação que adoraria fazer esse post antes do 400. E não me enganei. :3

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  Respostas~

  @Marco: HUE ingreis japoneis es teriveu. Aqui também estou beirando os 20-25, se eu não me apressar vou ter que desistir do plano pelo calor em vez do frio. Zzzz.
  
  
  

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